Para aliviar a alma e incrementar palavras...
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10 fevereiro, 2011

Sonhar é grátis.

Na análise aprendi que não tenho que esperar as coisas serem como eu sempre sonhei, mas que eu definitivamente preciso reconhecer que elas podem ser completamente diferentes do meu planejamento e ainda assim eu ser muito feliz, obrigado.
Aprendi também a refazer na minha cabeça tudo o que foi dito naquela salinha, tentar compreender cada causa, negociar comigo mesma e fico absurdamente curiosa quanto a capacidade de alguém conseguir enxergar tanto além de mim.

Por isso, depois de mais de um mês longe daquela salinha eu voltei enlouquecida. Com muitas coisas para falar e ter alguém para - pelo amor de Deus - me ouvir.

E falei sobre meus sonhos...

Com tanto talento para tal, eu posso imaginar qualquer detalhe, como se fosse real. Posso até me emocionar imaginando o final feliz das minhas neuroses.
Sonhar é gratuito, fácil, inspirador!

Me senti amordaçada quando fui interrompida por um sacode - quase igual de mãe. "Nubia, hora de colocar os pés no chão! Você não pode viver sonhando e frustada porque não aconteceu exatamente da forma como você sonhou!"
Fiquei muda. "É, tem razão."
Me deu preguiça de continuar falando que sonhar era o combustível da minha vida.
Senti angústia porque pelo menos naquele dia - ou pelo menos sobre esse assunto - eu não queria ter mais alguém para discordar. 

Me achei infantil, mimada, burra. Concordei.
Depois discordei.
Concordei, de novo, e cheguei a conclusão de que podia estar perdendo mesmo muita coisa bacana porque eu vivo de faz de conta.

Foi ouvindo "Luz dos Olhos", ao entardecer, que eu fui invadida por um sentimento inexplicável...

"E eu vou guiando 
Eu te espero, vem?
Siga onde vão meus pés
Porque eu te sigo também.
E eu te amo!
E eu berro: Vem!
Grita que você me quer
Que eu grito também!"


... que me fez mudar de opinião em um segundo.


E na próxima sessão de análise vou dizer de forma clara e taxativa que eu não quero colocar os pés no chão. A minha imaginação tem asas. Asas de borboleta.

(E ela que se vire com essa informação!)