Para aliviar a alma e incrementar palavras...
Bem vindos ao delicioso Pudim de Letras, onde a receita é simples: Bom humor, criatividade, esperança e nem um pouquinho de preconceito.

24 maio, 2010

Golfinhos.

Indescritível.

18 maio, 2010

Para dar notícia.

Eu, sagitaria apimentada com tdah, resolvi a praticamente duas semanas atrás que precisava fazer terapia e ia entrar na faculdade. Mais do que urgente fiz inscrição parar o vestibular e agendei minha primeira sessão de terapia, ambos na mesma semana.
A terapia veio primeiro. Com um leve pé atrás e achando super estranho falar de mim para quem eu nunca vi. Sentei, observei e me senti confortável. E concluí que é melhor falar para quem também nunca te viu. Amanhã será a terceira sessão e eu estou leve, confrontando com as coisas que ouço naquela salinha e pesando a minha vida, os meus pensamentos, as minhas lembranças e muitos medos.
O vestibular veio depois. Eu terminei o segundo grau faz tempo e mesmo prestando vestibular na Estácio de Sá, estava insegura. Escolhi redação, claro.
Apesar de não gostar de escrever sobre algum tema específico eu me surpreendi. O tema: "De todos os animais, o homem é aquele a quem mais custa viver em rebanho." Jean-Jacques Rosseau. Escrevi trinta linhas e já que o assunto e autor da frase muito me agrada, filosofei... Aguardei ansiosa pelo resultado e finalmente fui aprovada. =)
Agora, continuo roendo as unhas para chegar o segundo semestre e eu estar na faculdade aprendendo a desenhar, como o primeiro dia de aula no jardim de infância.
E aí tem o retorno da auto-escola, a academia, curso de cerimonial e várias outras coisas que eu quero fazer ao mesmo tempo, para variar.
A terapia vai muito bem, obrigado. E eu tenho a ligeira sensação de que eu deveria ter feito desde do dia em que eu nasci.
E a minha listinha das promessas de ano novo? Um dos itens é fazer duas viagens bacanas esse ano e a notícia é que eu já posso riscar da listinha. Chega a ser engraçado porque o que eu menos imaginei na vida é que eu ia sair da área da região dos lagos e para minha surpresa estou voando tanto que só pode ser sorte ou quem sabe merecimento.
Sabe aquela pontinha de felicidade tímida que você não consegue não dividir? Pois é. Sorrisinho de canto de boca e uma sensação de ter encontrado o meu pontinho mínimo de equilíbrio.

03 maio, 2010

Borboleta.

Desde muito cedo me virei sozinha, porque mesmo tendo pai e mãe sempre do lado eu não acreditava no que eles achavam absurdamente correto. E a partir disso acreditei nas minhas próprias teorias e quis muito ser logo dona da minha própria vida.

Mas, não diferente de muitas amigas minhas vivia aqui nesse mundinho pequeno onde não tem muito a oferecer, onde é difícil conhecer alguém que é dona do nariz, que explora outros mundos, que tem conhecimento e que vai a luta. Por conta disso, desde cedo eu já sabia que não queria só isso, que existia um mundo bem mais urbano lá fora.

Segui meu rumo, acreditando até no improvável...

Voei, voei e quebrei barreiras. Muitas vezes não tendo onde pousar na própria casa acabava invadindo e pousando na casa de alguém.

Foi em um dos meus vôos por lugares errados que surgiu a minha borboletinha... Mudou a minha vida em 360 graus. Mas logo a borboleta - o símbolo da liberdade – não poderia permanecer ali inerte, aceitando fora de casa e do amor dos pais as coisas que não acreditava.

Voei em busca de uma realidade bem longe da minha. Com a borboletinha nas costas pousei novamente na casa dos meus pais... E ali só não bastava! Eu tinha sede de conhecer novas pessoas, freqüentar outros lugares e de ver a vida do lado de fora daquela janela.

Voei. Dessa vez sozinha. Conheci a mim própria, eternizei momentos, fiz história e revi minhas amizades.

Já cansada, pousei de novo. Dessa vez o terreno parecia calmo. Nenhuma tempestade ia vir atrapalhar e fiquei segura. Foi quando alcei vôo novamente e coloquei a borboletinha nas costas, trazendo-a comigo para o lugar seguro onde nada mais pudesse atrapalhar o nosso vôo juntas.

Mas não termina assim tão fácil...

Eu ainda não aprendi a voar e a borboletinha cresce assustadoramente inteligente e aí é impossível me perdoar pelo tempo que eu voei sem ela.