Para aliviar a alma e incrementar palavras...
Bem vindos ao delicioso Pudim de Letras, onde a receita é simples: Bom humor, criatividade, esperança e nem um pouquinho de preconceito.

13 outubro, 2010

TPM.

Hoje já não durmo direito. Tenho vontade de aproveitar a folga enfiada debaixo do edredom. Parece até sintoma de depressão. Prefiro que seja só cansaço mesmo.

Final do ano se aproximando e eu passo a ser solicitada vinte horas por dia. Que importância tem se é oito da manhã de um domingo ou se é feriado de sol com praia?

Morar no lugar onde se trabalha tem dessas coisas... O interfone existe e o telefone insiste.

Ninguém se preocupa se eu trabalhei de sete e meia da manhã até as dezoito em pé, andando de um lado para o outro. Se eu cheguei em casa, achando que finalmente ia descansar, e encontro minha filha de pijama no sofá sem ao menos ter escovado os dentes e arrumado o quarto.

Milhas olheiras são mais negras que a falta de luz da madrugada. Eu ando rosnando como um pit-bull e abro uma cerveja todos os dias na ilusão de que ela vai me fazer relaxar...

Hoje é quarta-feira e depois de um feriado prolongado eu poderia começar a semana mais contente se não fosse o domingo, a segunda e a terça exaustivamente estressante.

Marquei manicure logo pela manhã, porque hoje tem reunião com noiva e eu preciso estar um pouco mais apresentável além do contorno dos olhos reparado com uma base qualquer.

Meu esmalte terminou borrado, claro. Entre uma pincelada e outra eu não pude evitar atender o celular.

Sem mais justificativas.

O negócio é o seguinte: eu to de TPM, tomei um prozac e se ele não fizer efeito nos próximos quinze minutos eu não respondo se o meu celular resolver nadar!

21 setembro, 2010

Surtando.

Sábado é dia de casamento. E eu só consegui começar a escrever aqui porque a minha neura me fez pular da cama antes das seis da manhã.
Ontem foi dia de compras no saara. Bandejas, tecido, forminhas, passadeira e um dia inteiro de badalação. Cansa!
Hoje é dia de levar as tags do bem casado no ateliê da Denise Cristina e se eu não pego um táxi, lá se vão uns km a pé. Depois preciso deixar tecidos na costureira, fazer transferência para os fornecedores, autorizar a impressão dos cardápios...
Enquanto a minha cabeça ferve, as minhas pernas doem e o meu celular não para de tocar, eu tenho uma filha de dez anos que grita pela minha atenção. E me desculpa, mas eu não consigo fazer várias coisas ao mesmo tempo.
Hoje eu resolvi começar o dia escrevendo no pudim porque se eu pudesse eu sumiria do mapa.
Só quem me conhece, e convive, sabe o quanto eu ainda fico preocupada, sem dormir e com uma ansiedade do tamanho do mundo antes de acontecer algum evento importante em que a responsabilidade é toda minha. Fico pensado em todos os detalhes, querendo muito que tudo dê certo e que seja exatamente do jeito que foi planejado. Dane-se que eu sou uma só, que eu não dirijo, que o escritório bomba de festas além dessa e o meu cliente não pode esperar até que eu retorne ao escritório, durma bem ou fique mais calma. Esqueço também que tem a Anna Júlia com seu trabalho em grupo, reunião de pais na quarta-feira, psicóloga na quinta e aula de teatro na sexta.
E daí né? Abraça o mundo, se vira nos sete e surta de chorar na segunda-feira a noite, pós saara.
Casamento sábado, churrasco domingo, segunda a sexta escritório e churrasco sábado e domingo, sem pausas.
Não to reclamando não! Mas eu me sinto sozinha... sem ter alguém que se importe tanto quanto eu com todas as outras coisas que citei acima. Alguém que cuide da minha filha, sem ser impaciente, enquanto eu estou fora e que ignore meu temperamento, me leve para jantar e me poupe dos ocorridos do dia. To sentindo falta de alguém que abrace a causa juntinho comigo, achando interessante essa minha persistência, normal a minha preocupação e original as minhas idéias. Que jogue um balde de água fria quando eu estiver surtando e que me ajude a respirar quando eu achar que nada vai dar certo.
...
Alguém se habilita?

E hoje começa mais um dia. Longo dia. Sem poder sumir e estando mais presente do que nunca.

30 agosto, 2010

Descoberta.

Comecei a trabalhar aos 17 anos.

Já tinha uma filha quando entrei no mercadinho da esquina pedindo um emprego de qualquer coisa. Eu precisava não depender de alguém para comprar o leite da criança. Diante da minha humildade, por ser mercado de bairro e talvez até por acharem engraçado eu responder que poderia limpar chão, quando questionada sobre o que eu queria fazer lá... Fui contratada! Para minha surpresa e com meu rostinho bonito, resolveram não me contratar para limpar chão, e aí fui ser auxiliar de escritório. Foi a primeira vez que tive acesso à internet.

Depois fui trabalhar numa locadora de vídeos, fábrica de prancha, imobiliária, escola... E até me aventurei abrindo outra escola com mais sete sócias – que não deu certo, claro. Trabalhei como recepcionista de um escritório chique e deste sai de fininho, sem voltar para pegar nenhum tostão, depois que um dos chefes surrou a mesa porque entreguei café com açúcar quando deveria ser só café. Aproveitei o rostinho bonito novamente e fui trabalhar no shopping, depois voltei para a mesma imobiliária que tinha saído a alguns anos atrás... Diante das minhas contratações frustradas eu nunca pude escolher o que ser quando crescer. Me descobrir como? Vendo se eu tinha habilidade para ser caixa na padaria?

Meu marido empreendedor tinha duas empresas e não conseguia mais dar conta dos eventos.

Sabe o que significa cair de paraqueda? Se você não sabe, tem sorte.

Pois é, eu não sabia nada de eventos, não tinha a menor noção de como montar uma festa e nem como trabalhar com números. Continuamos "sócios" até hoje, querendo “pedir demissão” toda semana, mas continuo aqui abraçando a causa. Nunca trabalhe com o seu marido! Mas se trabalhar ame incondicionalmente o que você faz.

Foi no meu primeiro ano trabalhando no Sítio Veredas que assustadoramente tivemos o maior movimento. Todos os dias de novembro e dezembro fechados.

Com um dinheirinho extra e inesperado resolvemos mobiliar a nossa casa.

Foi aí que surgiu a paixão por decoração!


Assinei de cara: Casa Cláudia e Casa e Jardim. Depois fiz curso de decoração no SENAC, onde minha professora - Elizabeth Esquenazi - era incrivelmente fantástica e fez eu me apaixonar ainda mais. Visitei apartamentos decorados, aprendi a desenhar planta, a usar metro, a planejar...

Vi que decorar era simples precisava só de bom gosto e que eu podia começar a brincar aqui mesmo, no meu trabalho.

A empresa do meu marido desenvolveu um portal de casamentos e eu acessava o site de todos os fornecedores cadastrados.
Tinha tanta coisa cafona no mercado, que eu resolvi assinar de cara: Festa Viva e Decorando Casamentos.

Foi aí que surgiu a minha paixão por casamentos!



Virei leitora assídua de todos os sites e blogs que são sobre casamentos. E praticamente uso uma hora do dia para pesquisar novidades, tendências e admirar os profissionais que eu me identifico.


O processo foi bastante demorado... Desisti muitas vezes e perdi a paciência mais vezes ainda. Até fechar o primeiro casamento. =)

Hoje estamos começando a fazer eventos sociais de verdade. Perdi o medo, empino o nariz, entrego o meu cartão e “chego chegando”.

Em duas semanas fechamos três casamentos. Não sei se é um bom número, mas pra mim é a prova fiel de que estou no caminho certo.

Já quis ser veterinária, professora e psicóloga. Aos 27 descobri que eu quero ser é decoradora.

Eu quero é fazer a parte boa da festa. Colorir, florir, planejar, desenhar, idealizar.

Eu não sou conceituada, não sou conhecida e nem formada. Mas eu sou curiosa, tenho um pouco de habilidade, bom gosto e gosto muito do tema.

Um dia conversando com uma amiga - quase jornalista - ouvi a frase que marcou presença: “Quando eu escrevo é como se eu fosse um menino adolescente obrigado a jogar vídeo-game 24 horas por dia.”.

A frase fez - e faz - total sentido na minha vida... Foi quando decidi me dedicar ao que amo. Decidi que quero passar o resto da vida sendo um adolescente obrigado a “jogar vídeo-game” 24 horas por dia.

Estou inscrita num curso de eventos e a faculdade pode não ser muito mais do que teoria... Mas eu quero essa parte também.

Quero tudo! Porque eu não consigo esconder a alegria de ter me encontrado e orgulho que sinto quando alguém elogia algum trabalho meu.

15 agosto, 2010

Punta Cana.

Finalmente vou contar sobre a viagem de férias, em fevereiro, e o meu primeiro destino internacional. Que destino!

Porque a escolha?

Namorei tantas vezes no Google imagens, mas achava que era improvável. Tinha centenas de fotos salvas no computador e quis muito conhecer e ver de perto aquele azul translúcido. Quando sugeri, o marido torceu o nariz... Talvez se tivesse onda, seria mais divertido. Procurei e descobri que Puerto Plata era um dos destino de surf.

Mas para evitar transtornos de pegar horas de vôo mais horas de estrada de uma cidade a outra, decidimos somente por um destino. (o melhor!)

Mas, não foi tão fácil assim... Enquanto escolhíamos hotel, horários de vôo, datas disponíveis para irmos teve terremoto no Haiti - país vizinho da República Dominicana - e no notíciário se ouvia que teve alerta de tsunami na República Dominicana.

Desistimos de ir, resolvemos ir de novo e como a República Dominicana estava dando apoio ao Haití ficamos preocupados e resolvemos perguntar e nos responderam: 

"Buenas Tardes:

Si bien es cierto que la mayoría de la ayuda destinada a Haití se está recibiendo en la República Dominicana, no deja de ser cierto que no hemos tenido problemas con ninguno de los servicios turísticos que se ha estado ofreciendo a los clientes, y mucho menos en Punta Cana que es un sitio meramente turístico.


Todos los servicios y sitios (playas, hoteles, parques, etc.) continúan funcionando normalmente.


Un cordial saludo,


Nicole Pérez


Club Caribe - Servicio Receptivo"


Sendo assim, resolvemos levar uma prancha maior e fomos com tudo.

Pacote:

Compramos o pacote de seis noites na agência Soul Traveller que incluí: Passagens aéreas, translado e  hospedagem all inclusive.

Voamos copa airlines - os aviões são velhos, a comida não é boa... mas na medida do possível, atende. Fizemos 7 horas de vôo até o Panamá onde ficamos uma noite hospedados no hotel Tocana Inn. Quarto excelente com muito conforto e serviço de primeira.

Jantamos num mexicano nos arredores do nosso hotel, bebericando uma marguerita incrível.

Pela manhã saímos cedo do hotel partindo para mais 2 horas de vôo com destino a maravilhosa República Dominicana.

Já fui surpreendida no aeroporto. Aeroporto com clima praia. O máximo! Além da estrutura fomos recebidos com música latina e meninas vestida com o colorido dominicano.


Hospedagem:

Nos hospedamos no resort Caribe Club Princess. Tudo incluso. Inclusive marguerita, tequila e cerveja e outras coisas mais.




Despejei as malas no nosso quarto e fui andar na praia, mergulhar no mar a agradecer a Deus por poder estar ali naquela imensidão de azul.


Eram vários restaurantes temáticos (brasileiro, mexicano, italiano...) além de todos os dias, no restaurante principal, o menu do almoço e jantar ser temático também. Entre todos o temas, teve a noite dominicana que foi incrível. Muitas frutas e até um leitaozinho assado...



O melhor de todos era o italiano, e como boa descedente, comemos lá três vezes.





Fora o Casino, boate areito, piscinas, bares, creperia, shows, recreação e todas as outras atrações do resort.

Passeios:

Fechamos os passeios a Isla Saona - ilha onde foi gravado o filme Lagoa Azul e Piratas do Caribe -, merguho com golfinhos e uma noite na Imagine - boate local que simula uma caverna.









Fomos de ônibus até a praia de onde saia a lancha rápida,  e conhecemos mais brasileiros - que eram reconhecidos pelas sandálias havaianas.

A lancha rápida tinha praticamente uns 20 lugares e dois motores de 200 (bizarro, não?).





Conclusão: A lancha estava muito cheia, o piloto era louco e tomamos um caldo daqueles. Uma das brasileiras quebrou o dedo do pé, nós, que estávamos na frente da lancha, ficamos molhados, as pessoas perderam câmera digital... um caus! Voltamos para a praia e trocaram o piloto. Mas a essa altura do campeonato eu já estava mais tensa, rezando sem parar e querendo ficar na praia esperando o marido voltar do passeio.


Acabei indo, morrendo de medo... E logo no passeio dos sonhos, eu não dei tanta importância para aquele azul. Fiquei super tensa com o "acidente" que não consegui relaxar.


O mais bizarro é que ninguém da empresa Club Caribe - que nos vendeu o pacote - se manifestou ou devolveu qualquer quantia paga. Eu, escrevi uma reclamção à punho e entreguei ao vendedor.

Com medo da lancha, optei por não mergulhar com golfinhos no mar. Enquanto meu marido radical foi sozinho, feliz da vida, porque no mesmo pacote tinha um brinde para mergulhar também com tubarões e raias.

E já que eu fiquei sozinha no hotel, corri para escrever um e-mail pro meu pai - que era a pessoa em quem eu mais pensava naquele lugar.

"Pai, cada mergulho aqui e um flash! Literalmente.

Eu to enrolando no portunhol e quando eles descobrem que nos somos brasileiros e uma festa! "Samba, samba!!! Mulheres morenas!!!" O Dani ja ensinou o que é e como se fala bunda, claro! Hoje ele foi nadar com os golfinhos e eu fiquei no hotel, desisti de pegar qualquer embarcação depois do panico da lancha...


Muito diferente estar em outro país e eu nunca me imaginei nessa condição. Muito bom conhecer a cultura de outros lugares, e aqui nao diferente do brasil... tb existe tamanha diferença social. Só tem negros e muitos haitianos trabalhando no hotel, mas numa felicidade sem fim. Parece que conviver com gringos é a abertura da porta dos céus...


E quando se viaja vc tem que falar outra lingua e não tem jeito... se não ninguem entende lhufas. Um caso a pensar em entrar num cursinho de espanhol já que de inglês nao vai...


O Mar daqui nao existe!!! Parece que ofusca os olhos, uma mistura de cores que parece pincelado por Deus! Como pode existir um mar com esse azul?? E eu que ja sou chorona, encho os olhinhos´d'água quando eu olho p horizonte deitada na cadeira de frente p mar. Quem sou eu diante daquela imensidao de azul?! Mááágicooo e eu fico extremamente sem palavras, só sei que estou muitooo feliz e aproveitando cada minuto. Afinal, so faltam 2 dias...

Vou lá contemplar mais um pouquinho do mar e aceitar a compania da minha querida Martha Medeiros debaixo da sombra de algum coqueiro.

Amooo muito vc!"

Acabei mergulhando no dia seguinte no Manati Park - numa piscina segura. hehehe

Ahhhh os golfinhos... Lindos! Espetaculares! Foooofos! Fiquei super emocionada e muito feliz de estar junto com eles.


No último dia fomos dançar. Imagine! A boate é numa gruta com direito a morcegos, inclusive. E a noite bomba! Dançarinos fazendo performace, 3 pistas de dança e muitos gringos.
E advinham só o que tocou na night dominicana? lambada, funk e axé. Me diverti bastante e dancei até não aguentar mais. Vale ir!





Embarcamos de volta para o Panamá onde passamos dois dias e eu conto num próximo post.

Quanto a viagem para Punta Cana é válida para solteiros, casados, lua de mel, férias, viagem com filhos... qualquer coisa. Tem diversão para todos os gostos e idades.

Eu não poderia ter escolhido destino melhor para a minha primeira viagem internacional.

18 julho, 2010

Movimento.

Enquanto metade do mundo movimenta, eu continuo aqui comendo mosca.

Fico vendo a vida passar de uma janela que nem minha é. As pessoas vivendo, amando, dançando, planejando... Eu, inerte.

Fazendo descaso com a minha solidez, agüentando as duras penas e tendo cada vez menos paciência com o que é intolerante.

Não querendo mais dividir casa, teto, cama, cozinha, banheiro, sala de estar. Permitir a convivência comigo, apenas, na mais abundante plenitude.

Eu quero sentir o mundo em movimento e o movimento do mundo! Apenas.

18 junho, 2010

Ponto final.

Não é um texto bonito é somente a fuga de um sentimento quase inexplicável.

Em juízo, ouvi alguém se impor em minha defesa e vi as expressões de revolta no rosto da conciliadora, que provavelmente deve ser mãe como eu.

A pensão acordada nunca fará diferença nas nossas vidas – provavelmente na dele sim, já que sempre perde o melhor da festa – mas eu posso garantir que a partir de hoje o cidadão vai sentir um pouquinho-quase-nada da responsabilidade de trazer um filho ao mundo, passará noites insones preocupado em não ver o sol nascer quadrado e deixará de beber algumas cervejas para economizar e prover alimentos a quem ele ajudou a trazer ao mundo.

E o ponto final destina-se a essa angústia emocional a qual me causava e ao fim da minha ansiedade e do descaso.

Começamos a partir de agora uma vida nova, com a nossa justa verdade.

Sabemos que já foi feito tudo o que era alcançável e digno, e por isso seguimos colocando um ponto - ou uma pedra – no que só maltratou...
Deixamos lá atrás um sonho definitivamente perdido e lamento com frieza a provável rejeição, amargura e arrependimento que vivenciará o cidadão daqui a alguns anos a cada frase desumana por ele pronunciada.

Toquinho para embalar a trilha sonora do novo começo:

13 junho, 2010

Cansada.

Insuportável a Anna Júlia debochando das minhas broncas, cruzando os braços na altura do peito e fechando a cara quando ouve um não. Insuportável quando ela responde sem nem pensar duas vezes, quando esbraveja e bate a porta do quarto como se eu não fosse ninguém e ela a dona do mundo.
E para ela que já sofreu bastante, que já ficou sem me ter por perto e que mesmo com tão pouca idade já morou em três casas distintas, todo esse reflexo ainda é pouco!
Eu que estou cansada de perder a razão, a força e a coragem para educar e me sinto incapaz de ser mãe, de dar todo o amor que ela cobra. Estou cansada de sair da salinha da terapia sabendo bem aonde está o erro e de onde vem o erro e ainda assim não ter a menor coragem, paciência ou instinto para mudar.
Cansada de brigar para ir pro banho, para escovar os dentes, pentear os cabelos, usar roupa limpa, arrumar o quarto, fazer o dever de casa, ser simpática, educada, amigável, gente boa... Cansada de tentar fazer dela um ser humano correto, simples, normal.
E ai ao mesmo tempo em que minha cabeça ferve de emoções descontroladas eu acho ótimo ela ter iniciativa, lutar pelo que acredita e dizer o que pensa. Acho ela super inteligente quando de alguma forma finge que chora, faz drama e me convence com a cara mais lavada de que a partir daquele momento vai ser tudo diferente, que eu posso acreditar e dizer sim ao que eu vinha dizendo não. Na pior - ou melhor - das hopóteses ela sempre me convence e eu, mãe atrapalhada que já não gosta de ter trabalho e de ouvir criança chorando do lado, grito ao mundo: Simmm, pode!  
O que não pode ser normal é essa minha mania de querer desistir, pedir ajuda e me achar sozinha sempre que começa a apertar o calo... sempre que ela cresce diante de mim e me intimida, fazendo eu me achar a criatura mais fraca do planeta.
Não sei o que ela vai se tornar. Não sei o que vai ser a partir da "educação" que eu tento dar... sei que sozinha eu não consigo mesmo, que para mim é completamente surreal ser mãe na hora do vamos ver. Digamos que eu gosto e prefiro muito mais só a parte boa e que eu viveria feliz só brincando de boneca.
Mas essa não é a minha realidade.
A realidade grita a minha frente, grita quando o furacão passa no quarto só para eu prestar atenção, grita quando escreve um bilhete depois de uma briga e coloca debaixo da porta do meu quarto e o grito não correspondido berra diarimente pedindo atenção, respeito e amor. O problema é que nem eu sei o que é isso...
Então nessa ousadia e incansável busca para ser motivo de orgulho para mim - e que é sim, mas eu não consigo demonstrar com afetos - é que ela hoje vai participar de um sarau e recitar uma de suas poesias. E aí quem grita sou eu! Grito com o peito aberto que a Anna Julia embora seja repleta de defeitos e talvez não seja nunca a filha perfeita que eu idealizo (graças a Deus!) ela no auge dos seus dez anos, já faz alguma diferença, sabe? Que eu estou cansada mesmo, mas ela sorrateiramente muda um pouco do sentimento e de alguma forma vem monstrando para a minha cabeça maluca que eu posso não ser a melhor mãe do mundo, que eu posso ser fria, rígida, chata e que talvez eu também nunca seja uma mãe perfeita (que pena!), mas o que eu consegui ensinar de melhor eu posso ver todos os dias... é o interesse pelos livros, música, conhecer pessoas, saber conversar e se comportar num ambiente desconhecido.
Talvez nós nunca saberemos o que é ser filha ou o que é ser mãe, mas buscar o que existe de melhor no íntimo de uma ou outra já aprendemos e para alguns essa pode ser a pior parte... Então respiro aliviada porque essa sintonia já alcançamos.

24 maio, 2010

Golfinhos.

Indescritível.

18 maio, 2010

Para dar notícia.

Eu, sagitaria apimentada com tdah, resolvi a praticamente duas semanas atrás que precisava fazer terapia e ia entrar na faculdade. Mais do que urgente fiz inscrição parar o vestibular e agendei minha primeira sessão de terapia, ambos na mesma semana.
A terapia veio primeiro. Com um leve pé atrás e achando super estranho falar de mim para quem eu nunca vi. Sentei, observei e me senti confortável. E concluí que é melhor falar para quem também nunca te viu. Amanhã será a terceira sessão e eu estou leve, confrontando com as coisas que ouço naquela salinha e pesando a minha vida, os meus pensamentos, as minhas lembranças e muitos medos.
O vestibular veio depois. Eu terminei o segundo grau faz tempo e mesmo prestando vestibular na Estácio de Sá, estava insegura. Escolhi redação, claro.
Apesar de não gostar de escrever sobre algum tema específico eu me surpreendi. O tema: "De todos os animais, o homem é aquele a quem mais custa viver em rebanho." Jean-Jacques Rosseau. Escrevi trinta linhas e já que o assunto e autor da frase muito me agrada, filosofei... Aguardei ansiosa pelo resultado e finalmente fui aprovada. =)
Agora, continuo roendo as unhas para chegar o segundo semestre e eu estar na faculdade aprendendo a desenhar, como o primeiro dia de aula no jardim de infância.
E aí tem o retorno da auto-escola, a academia, curso de cerimonial e várias outras coisas que eu quero fazer ao mesmo tempo, para variar.
A terapia vai muito bem, obrigado. E eu tenho a ligeira sensação de que eu deveria ter feito desde do dia em que eu nasci.
E a minha listinha das promessas de ano novo? Um dos itens é fazer duas viagens bacanas esse ano e a notícia é que eu já posso riscar da listinha. Chega a ser engraçado porque o que eu menos imaginei na vida é que eu ia sair da área da região dos lagos e para minha surpresa estou voando tanto que só pode ser sorte ou quem sabe merecimento.
Sabe aquela pontinha de felicidade tímida que você não consegue não dividir? Pois é. Sorrisinho de canto de boca e uma sensação de ter encontrado o meu pontinho mínimo de equilíbrio.

03 maio, 2010

Borboleta.

Desde muito cedo me virei sozinha, porque mesmo tendo pai e mãe sempre do lado eu não acreditava no que eles achavam absurdamente correto. E a partir disso acreditei nas minhas próprias teorias e quis muito ser logo dona da minha própria vida.

Mas, não diferente de muitas amigas minhas vivia aqui nesse mundinho pequeno onde não tem muito a oferecer, onde é difícil conhecer alguém que é dona do nariz, que explora outros mundos, que tem conhecimento e que vai a luta. Por conta disso, desde cedo eu já sabia que não queria só isso, que existia um mundo bem mais urbano lá fora.

Segui meu rumo, acreditando até no improvável...

Voei, voei e quebrei barreiras. Muitas vezes não tendo onde pousar na própria casa acabava invadindo e pousando na casa de alguém.

Foi em um dos meus vôos por lugares errados que surgiu a minha borboletinha... Mudou a minha vida em 360 graus. Mas logo a borboleta - o símbolo da liberdade – não poderia permanecer ali inerte, aceitando fora de casa e do amor dos pais as coisas que não acreditava.

Voei em busca de uma realidade bem longe da minha. Com a borboletinha nas costas pousei novamente na casa dos meus pais... E ali só não bastava! Eu tinha sede de conhecer novas pessoas, freqüentar outros lugares e de ver a vida do lado de fora daquela janela.

Voei. Dessa vez sozinha. Conheci a mim própria, eternizei momentos, fiz história e revi minhas amizades.

Já cansada, pousei de novo. Dessa vez o terreno parecia calmo. Nenhuma tempestade ia vir atrapalhar e fiquei segura. Foi quando alcei vôo novamente e coloquei a borboletinha nas costas, trazendo-a comigo para o lugar seguro onde nada mais pudesse atrapalhar o nosso vôo juntas.

Mas não termina assim tão fácil...

Eu ainda não aprendi a voar e a borboletinha cresce assustadoramente inteligente e aí é impossível me perdoar pelo tempo que eu voei sem ela.

26 abril, 2010

De volta.

Ele está chegando. E com ele retorna a alegria, a paz, a proteção e mais uma vez o amor renascido.
Estamos preparando a casa para recebê-lo de volta, tem painel na janela, lanche na mesa e a maior paciência do mundo para ouvir o seu assunto favorito. 
Daqui a algumas horas terei ele aqui preenchendo a casa, a cama e meu olhar.
Porque quando estamos longe é que fica absolutamente na cara e no peito a falta que faz... E eu sinto na pele o vazio que fica e a emoção que aflora.
É porque esse amor é bonito, é sincero, é forte e real. 
E dá saudade até do improvável... faltando alguém para contar do dia, para deitar no colo e repousar com paz.
Que a cada manhã seja o renascimento do nosso amor. :-)


Seja bem vindo sempre a minha vida, a nossa bonita vida!

08 abril, 2010

O Rio de Janeiro não continua lindo.

Todo dia sai no jornal reportagens sobre tragédias mundiais. A gente lê, fica chocado, mas esquece e repete que Deus é mesmo brasileiro, que somos sortudos porque aqui não tem terremoto e nem tsunami.


Desde terça-feira estamos sentindo na pele o que é ter uma tragédia carioca. Logo para nós que tudo no final vira um carnaval...

Hoje o Rio amanheceu cinza. Não só cinza por causa do mau tempo, mas cinza da cor da tragédia. Me emocionei ao ver os vídeos sobre o deslizamento de terra em Niterói. E me senti completamente egoísta por não ter sentido esse luto quando houve o terremoto no Haiti ou no Chile... Porque dói muito mais quando é com a gente, quando é nosso povo, quando está aqui do lado.

Eu fico isolada dos grandes centros. Moro e trabalho na zona oeste do Rio e só saio de casa para reuniões e passeios. Só na noite de terça-feira, quando tentamos levar um funcionário até o Recreio dos Bandeirantes, que tive total noção de que aqui também estava impossível de se locomover. Besteira com a quantidade de coisa que está acontecendo depois daqui.

Ver o aeroporto Santos Dumont sendo invadido pelo mar, Niterói naquele estado e todas aquelas pessoas sentindo uma dor irreparável é muito ruim. Dessa vez é comigo, dessa vez é na minha cidade!

Eu só rezo para parar de chover e que as 200 pessoas que estão soterradas sejam resgatadas, mesmo sendo quase impossível.

O Rio de Janeiro não continua lindo...

(Fotos do G1 - Esses lugares são aqui nas proximidades da minha casa.)


Para quem puder ajudar aqui estão os locais que recebem donativos para os desabrigados.

04 abril, 2010

Ovelhas.

Eu já me senti mal quando elogios eram tecidos a outrem. Já me senti menor por ser diferente e já fiquei com vontade de me mutilar porque eu não era e nunca fui motivo de orgulho.

Já ouvi centenas e interruptas vezes: “Fulaninha se formou em direito.”; “Olha, casou virgem!”;“ Nunca colocou uma gota de álcool na boca e nunca dançou até o chão.”; “Ajuizada, estudou, se formou... agora casou na igreja, tem uma casa e daqui um tempo vai ter filhos que seguirão o mesmo caminho da mãe.”.

Bobagem.

Nunca fiz nada para causar essa expressão, sempre fui o que queria ser. Não tenho medo de trocar de marido – ainda se ele for o quinto -, não tenho medo de engravidar de novo se for convencida disso, não tenho medo de não ingressar numa carreira pública e de passar o resto da vida sendo comissionada – eu faço o que gosto. -, não tenho medo de ser corrompida, de mudar de idéia, de reverter os planos. Eu só tenho medo de ser infeliz. Jamais de fracasso.

São os erros que compõe a essência da vida, é perder a linha e fazer inúmeras escolhas erradas que nos fazem virar pessoas corrigíveis, pessoas possíveis.

Ovelha negra, - ainda mais para minha família cheia de princípios-, mas ovelha do bem. Ovelha que se orgulha da própria história e que tem inúmeras coisas para contar, inclusive pra filha, porque eu também não tenho medo de que um dia ela se descubra em mim.

Talvez a menininha que casou virgem e que nunca colocou uma gota sequer de álcool na boca pode ser por dentro um imenso túnel obscuro, uma puritana cheia de medo de estar à mostra e com uma infelicidade digna de gente que se tranca em princípios só para fazer um final bonito.

Enquanto isso eu – que continuo sendo ovelha – grito e bato o pé pelas coisas que eu acredito, não sou careta, chata, decente e nem santa.

Filho de Peixe...

Peixinho é.

http://www.borboletaescritora.blogspot.com/

26 março, 2010

Eu te amo.

Alguém já parou para prestar atenção na letra de Eu te amo - Chico Buarque? É umas das músicas mais bonitas que eu conheço. Uma profundidade real.
Chega uma hora em que o amor fica morno, as borboletas param de bagunçar o estômago e acabam os batuques de samba dentro do coração. Mas ainda assim dá uma dor no peito de deixar para trás uma história bonita. Mesmo que nunca mais se recupere as borboletas!
O amor continua aqui dentro. Escondido em algum canto escuro do peito, frágil e com uma vontade imensa de mudar o rumo da história... Mas não sem "ele".


Me conta como eu hei de partir?

12 março, 2010

Brando.

Casa limpa. Comida no fogão. Uniforme limpo. Cadernos encapados.
Música enquanto cozinha. Novela das oito. Banho quente.
Casa com amigos na sexta-feira. Cerveja gelada e salgadinhos.
Escritório arrumado. Tudo clean e muita disposição.
Cama gigante. Closet arrumado. Vestidos novos.
Nada pertubando.
Muita alegria e paz.
E uma tranquilidade imensa.
Seguindo a vida assim...

05 março, 2010

De volta.

Apaixonada!
O mar pincelado por Deus. Contraste de azul. Coqueiros esbanjando beleza e folhas num balanço lindo como se estivessem dançando organizando uma festa com a minha chegada. E até o arco-íris apareceu para me dar boas vindas.
Tempo perfeito. Nem tanto sol e somente um dia de chuva para refrescar o chopp à beira-mar.
Alegria intensa e curtição a cada segundo. Aproveitando ao máximo o que estava disponível para mim.
Um mergulho e um agradecimento assim que avistei aquele azul inconfundível do caribe.
Mergulho com golfinhos, abraço no macaco prego e muitas margueritas.
O que eu registrei ficará para sempre na memória, ainda que as fotos se apaguem.
A melhor viagem.
E perguntando para Deus como ele conseguiu fazer tudo assim tão bonito, com tanto capricho.
Renovada! E muito feliz!

Ps.: Depois eu posto o diário de bordo com mais calma.

19 fevereiro, 2010

Férias.

Sonhar não custa nada... e depois de tanto namorar o país no google imagens, lá vou encostar meus pezinhos naquela areia e lavar a alma naquele mar azul.
E o caribe que aguarde a minha pessoa e a minha máquina fotográfica. Só volto dia dois de março com muita alegria na bagagem e dezesseis gigas de fotos para guardar além da lembrança.
Me belisca?
Beijo, Beijo.

01 fevereiro, 2010

Mulherão

Sagitariana. Com lua em touro e ascendente em gêmeos.
Eu já aprendi a ser menos rude com as pessoas quando eu me sinto ameaçada, aprendi a perdoar - mesmo não conseguindo esquecer, aprendi a engolir sapos, acreditar no meu potencial e brigar pelos meus direitos e não saio mais correndo para o colo do meu do meu pai por qualquer coisa barata.
Estou virando mulher. (e isso assusta!)
Já sei exigir da faxineira, discutir na reunião escolar, fazer compras de mês e impor aos meus clientes.
Já me sinto um mulherão que paga as contas da filha sozinha e que não vê passar os finais de semana. Hora, atende clientes, hora trabalha em eventos.
Que vai ao Saara de ônibus – porque tomou “pau” na prova prática do DETRAN – e volta com muitas sacolas de objetos de decoração. Que a cada evento social acorda as três, de novo as quatro e antes do dia clarear por completo está elétrica fazendo alguma função. Porque hoje, eu aprendi a ser responsável.
Não sou dona Maria e não sei cozinhar, arrumar, passar e lavar. Mas quando preciso é – como nesses últimos dias – eu mesmo pego a vassoura e o ferro de passar para ajudar a economizar. As cuecas limpas hoje dependem de mim, a louça lavada também e eu faço – exceto hoje que contratamos uma faxineira e tive até tempo de escrever.
Mas o fato é que hoje eu juntei as escovas de dente e tenho mais cachorros, filha, home office e muitos afazeres domésticos e mesmo com vontade de estufar o peito e mandar tudo &%$@%$#%, eu tenho aprendido a ser orgulhosa de mim mesma.
Me olho no espelho e me acho a tal, mulher para cacete para ficar remoendo, criativa ao extremo para ser subordinada e dona de uma integridade sem fim para aceitar desaforos. (mas só às vezes)
E por nunca ter sido tão mulherão e de repente ter que se tornar uma pela força das circunstâncias é que eu sinto falta do cheiro do arroz com feijão da minha mãe na entrada da porta de casa, do meu avô sentado no bar bebendo uma das suas cervejas e me dando sempre uma moedinha para agradar – ele hoje está completamente impossibilitado de cervejinhas, ele teve mais de cinco avc -, da minha vó sentada no portão olhando a gente brincar de pique bandeirinha e dos 1.545.545 presentes que eu ganhava dela, do orgulho que eu sentia da minha tia porque ela era elegante, loira e tinha roupas lindas, da corrida que eu dava ao encontro do colo do meu pai e quando eu ainda cabia atravessada na cintura dele, saudade dos mimos da minha vó paterna que tirava uma grana da aposentadoria para me dar o presente que eu queria e que continuava fazendo piada mesmo sendo debilitada.
Falta de chegar em casa e ter alguém para me receber. Ou com a comida que eu gosto, ou com o abraço que eu gosto. Saudade do tempo em que eu não tinha responsabilidades e que a vida era tão simples quanto fechar os olhos e dormir. Que eu era menininha sapeca, primeira neta, primeira filha e primeira sobrinha. Que o mundo ia contra mim e a minha família ia contra o mundo.
Ok, essa nostalgia toda porque fiquei trocando sms com meu pai ontem e deu uma saudade de quando eu era só filha.
Passou...
Eu segui outros caminhos e aprendi tudo sozinha, da pior forma possível. Mas, mesmo assim olho no espelho e sinto orgulho de mim e tenho certeza que a minha família também vibra, porque a princesinha da casa virou mulher, uma baita mulher que é capaz de carregar o mundo nas costas se for preciso. Sou a irmã mais velha, que quebrou barreiras e a cara e que eu sirva de exemplo, nos piores e melhores momentos da minha vida.
Mas, de preferência hoje.

26 janeiro, 2010

Blog Novo.

Para expandir as minhas pesquisas e "fuxicadas".

http://www.decoralar.blogspot.com/

17 janeiro, 2010

Aquecimento Global

Para refletir...

07 janeiro, 2010

Próximo Destino

Punta Cana - República Dominicana


02 janeiro, 2010

Cabide.

Porque uma música vale mais do que mil palavras.

http://www.goear.com/listen/34fc298/cabide-martnalia

01 janeiro, 2010

Promessas de ano novo

Para não perder o costume:

1- Iniciar o curso de fotografia
2- Conseguir a cateira de motorista
3- Caminhar pelo menos 40 minutos por dia
4- Meditar pelo menos 10 minutos por dia
5- Aprender a perdoar
6- Me livrar de qualquer coisa que não seja util, bonita ou alegre
7- Ser uma mãe melhor, uma profissional melhor, uma mulher melhor e um ser humano mais evoluído
8- Juntar dinheiro
9- Fazer pelo menos 2 viagens maneiras esse ano
10- Lembrar que eu nasci para ter saúde, prosperidade e ser feliz
11- Ter uma casinha branca de varanda, um quintal e uma janela para ver o sol nascer
12- Fazer terapia

E vamos que vamos!