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02 outubro, 2009

A difícil arte de educar

Dessa vez sem tantos dramas, mas a única coisa que me tem feito pensar nos primeiros 5 minutos antes de pegar no sono é na difícil arte de educar e em como eu tenho repetido os feitos dos meus pais, na minha época de criança.
A Anna Júlia já está com seus 9 anos, par de peitos, escrevendo no diário sobre a paixão pelo amigo do colégio e só procura as bonecas quando dou fim no lazer de assistir televisão e fazer ligações para amigas.
Juro que me dá certo pânico, que fico extremamente confusa e querendo fazer tudo diferente de como foi comigo. Mas, quando eu vejo já incorporei a minha mãe, nos gritos, e o meu pai, deixando bilhetes pelo quarto dela dizendo o quanto eu estou cansada.
Vivo alugando a psicóloga do colégio, querendo acertar. Querendo fazer dela uma pré-adolescente organizada, caprichosa, querendo que ela leia bons livros, que fale inglês, que tenha acesso a um monte de coisas que eu não tive...
Mas é frustrante chegar a conclusão de que realmente os filhos são feitos para o mundo e que não adianta colocarmos em cima deles toda a nossa expectativa.
Enquanto isso, eu que sou uma mãe jovem, tento ser o máximo de informada para não pagar nenhum “mico” quando estiver numa rodinha de amigas da mesma idade dela.
É a danada da “pré-aborrecência” que dá um trabalhão e nos exige o maior cuidado.
Mas fora toda essa dificuldade, eu sou só 17 anos mais velha do que ela, o que já nos faz falar a mesma língua na maioria das vezes. Por isso, quando eu converso, eu converso às claras e quando ela me convida para ver Barbie no castelo de diamantes, não é nenhuma obrigação...
O que importa é só construir uma base, dar estrutura, colo e ombro sempre que for preciso.
Segredo? Não tem não. É só vivenciar a fundo toda a dor e a delícia de ser pai ou mãe, ou pai e mãe.

3 comentários:

R.C. disse...

Uma vez o Leo me entregou um livro pra ler chamado "Putz, virei minha mãe!", Sandra Reishus.
Meu irmão está com 11 e a última vez que fui pra lá (mês passado), me surpreendi com tanta decisão e vontade própria além das respostas agressivas aos meus pais.
É por essas e outras que eu fico pensando: "será mesmo que um dia eu vou gostar da idéia de ser mãe?"

Beijos, Nu.

Carol Rocha disse...

Toda mãe merece mérito por dar toda sua vida e amor a uma pessoa tendo a certeza de que talvez a reciprocidade não tenha tanta intensidade. Vejo vc e sua filha e sei como é dificil essa "arte de educar"... a Juju então...

Leo disse...

Só assino aqui embaixo mesmo do que minha esposa disse.